Fonte: Fecomércio.
O resultado da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) deste mês, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o comércio varejista no Brasil registrou em junho variação 0,5% no volume de vendas e de 0,9% na receita nominal, em comparação com o mês anterior - com o ajuste sazonal. Os resultados expressam um aprofundamento da desaceleração no volume de vendas e também na receita.
Na comparação com junho de 2012, em termos de volume, o varejo apresentou variação positiva de 1,7%; já na receita nominal, houve avanço de 9,9%. No acumulado dos 12 meses, o volume de vendas cresceu 5,5% - menor do que os 6,1% do mês anterior - e a receita nominal cresceu 11,9%.
Em junho, na comparação com o mês anterior, seis das dez atividades pesquisadas obtiveram resultados positivos para o volume de vendas com ajuste sazonal. Em ordem de magnitude das taxas, os resultados foram os seguintes: Móveis e eletrodomésticos (1,8%); Livros, jornais, revistas e papelaria (1,0%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,0%); Veículos e motos, partes e peças (0,9%); Combustíveis e lubrificantes (0,9%); Material de construção (0,6%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,4%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,5%) e Tecidos, vestuário e calçados com -1,4%.
Varejo ampliado cresce 1%
Já o comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, registrou crescimento de 1% no volume de vendas e 0,9% na receita nominal em relação ao mês anterior, ambas as taxas com o ajustamento sazonal.
Comparado com o mesmo mês do ano anterior (sem ajuste sazonal), as variações foram de -2% para o volume de vendas e de 4,2% para a receita nominal. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses o setor apresentou taxas de variação de 3,7% e 6,4% para o volume e de 8,6% e 9,5% para a receita nominal de vendas, respectivamente. Ou seja, a desaceleração persiste também no varejo ampliado.
Em Santa Catarina varejo cresce 0,08%
Em Santa Catarina, o volume de vendas cresceu 0,08% e a receita nominal 1,2%, ambos em junho na comparação com maio. No acumulado de 12 meses o volume de vendas cresceu 2,94% e a receita nominal 10,44%, no mês passado a variação havia sido de 3,6% e 10,74%, respectivamente.
O destaque fica por conta da desaceleração das vendas no Brasil e em Santa Catarina. Em Santa Catarina, no acumulado de 12 meses a variação do volume de vendas é de apenas 2,94%, inferior ao resultado do mês anterior (3,61%) e menor ainda do que o do mesmo mês do ano anterior (8,79%). A desaceleração que teve início em outubro de 2012 e mês a mês veio se aprofundando, permanece em processo.
Para a Fecomércio SC, o comércio no Estado continua crescendo, entretanto, com taxas cada vez menores. Fatores como a inflação de alimentos e serviços, que diminui o poder de compra das famílias, o menor saldo de contratação de novos trabalhadores em função dos elevados custos do trabalho e o alto endividamento familiar estão no cerne desta questão, já que comprometem o crescimento do mercado interno. A tendência é que esta desaceleração permaneça nos próximos meses, sendo revertida, ainda que de maneira muito tímida, somente a partir do último trimestre do ano.