A taxa de desemprego no mês de julho deste ano apresenta índice um pouco inferior em comparação ao registrado no mês anterior (6%), e superior ao índice de julho do ano passado (5,4%).

Estatisticamente, a taxa, que está em 5,6%, pode ser considerada estável nas duas comparações. Segundo a pesquisa mensal do emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quinta-feira, 22, a taxa mensal é a menor desde fevereiro deste ano, quando também ficou em 5,6%.

A população desempregada ficou em 1,4 milhões de pessoas, sendo que a população empregada é de 23,1 milhões. Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado somam 11,6 milhões, não registrando variação na comparação com junho.

Massa de rendimentos cresce pouco

O rendimento médio real habitual de quem possui emprego foi de R$ 1.848,40, com queda de 0,9% frente a junho, mas que apresenta aumento de 1,5% na comparação com julho de 2012. Desta forma, a massa de rendimentos da economia brasileira também cresceu (2,7%) na comparação anual, chegando aos R$ 43,1 bilhões.

Na avaliação da Federação de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio SC), o que os dados indicam é uma estagnação no crescimento do mercado de trabalho brasileiro. Em função dos altos custos associados ao trabalho, as empresas estão optando por contratar menos ou até mesmo não contratar, não expandindo suas atividades e trazendo um fraco desempenho para o PIB nacional.

Já o rendimento dos trabalhadores se comprimiu na comparação mensal, resultado da elevada inflação do período - principalmente do setor de alimentação e bebidas, o mais representativo para os trabalhadores. Desta maneira, com menor criação de vagas de trabalho e menor rendimento real, o mercado interno de consumo no país vive uma conjuntura de exaustão no seu crescimento, o que vem trazendo forte desaceleração para o varejo e fraco crescimento econômico.