As feiras itinerantes piratas e seus prejuízos para o comércio formal catarinense foram a principal preocupação dos empresários que participaram da 10ª Reunião de Vice-Presidência da Região Norte e Planalto Norte da Fecomércio SC, realizada nessa terça-feira, 19, em São Bento do Sul. Apesar das denúncias à Receita Federal e da fiscalização de alguns municípios, cujas legislações dificultam a instalação deste tipo de comércio eventual, os organizadores destes eventos instalam-se em municípios pequenos e atingem da mesma forma o comércio formal, que, ao contrário dos participantes das feiras, gera empregos e arca com impostos.

A questão é preocupação antiga na Fecomércio SC, que, em busca de uma solução, há tempos vem trabalhando junto às prefeituras para regulamentar o acesso dos organizadores das feiras ao alvará de funcionamento, garantindo um ambiente de negócios justo para todos os comerciantes. A entidade assinou um convênio com a Federação Catarinense de Municípios (Fecam) , com o objetivo de orientar os prefeitos acerca da regulamentação do chamado comércio eventual. Uma das questões levantadas pelos empresários que participaram da reunião diz respeito ao recolhimento antecipado de ICMS, feito com base em estimativa, ao qual os organizadores das feiras estão sujeitos. Em geral, as vendas são equivalentes a três vezes o valor estimado para o pagamento do imposto.

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A reunião, realizada semestralmente com o objetivo de aproximar a Fecomércio SC dos empresários da região, foi conduzida pelo vice-presidente da Região Norte e Planalto Norte, Herton Scherer, junto com o diretor executivo adjunto da federação, José Agenor de Aragão Júnior, e o presidente do Sindilojas de São Bento do Sul, Rodrigo Schuhmacher. Participaram do encontro os presidentes e membros das diretorias dos seguintes sindicatos afiliados à entidade: Sindilojas de São Bento do Sul, Sindicomércio de Jaragá do Sul, Sindilojas de Joinville, Sincofarma de Joinville, Sindicato dos Supermercados de Joinville, Sindivarejista de Rio Negrinho, Sindilojas de Canoinhas e Sincomafra de Mafra.

Sandro Moretti, vice-presidente de Varejo da Fecomércio SC, destacou a importância do encontro na relação entre a entidade e os sindicatos, que consideram a reunião o espaço ideal para debater reivindicações em comum: "Essas demandas são comuns aos sindicatos e empresas de outras regiões do Estado. E isso oportuniza a busca de uma solução estadual para esses problemas, não apenas na nossa região ou cidade. Também é uma maneira de envolver mais os sindicatos e os nossos executivos na discussão desses problemas", observou.