O consumidor catarinense nunca esteve tão otimista. É o que revela o Índice de Confiança das Famílias (ICF) apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e Fecomércio Santa Catarina. O índice saltou 10,3% em relação a julho, passando de 126,6 pontos para 139,7 pontos.
Bruno Breithaupt, presidente da Fecomércio, explica que o crescimento simultâneo da massa salarial e do nível de emprego são os principais motivos para a elevada confiança do consumidor. "O bom desempenho do mercado de trabalho nos últimos meses é outro fator que contribuiu para a essa evolução", afirma ao divulgar o crescimento no percentual de satisfação com emprego, que passou de -12% em julho para 12,1% em agosto. No corte de renda, as famílias que recebem mais de 10 salários mínimos registraram alta de 15,5% na satisfação com o emprego, enquanto das famílias com menos de 10 salários apresentaram alta de 33% no índice de satisfação. Para o presidente da Fecomércio, os consumidores estão percebendo o cenário econômico de forma mais positiva.
O ICF mostra também a variação do crescimento na renda, de 2,8% para 9,4% em agosto; e no nível de consumo, de 3,4% para 15%. Ainda de acordo com o ICF, o momento é favorável para a compra de bens duráveis. O índice saltou de -4,4% para 10,9% em agosto, o equivalente a 133,3 pontos. Depois de julho, mês em que cresceu 144,8 pontos, o acesso ao crédito sofreu desaceleração, passando de 10,5% para 3,8% em agosto. A perspectiva de consumo também sofreu queda, de 12,8% para 2,9%, embora o nível de consumo atual tenha saltado de 3,4% para 15%.
ENDIVIDAMENTO E INADIMPLÊNCIA
Simultâneo ao ICF, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e a Fecomércio medem o endividamento e a inadimplência dos catarinenses. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), houve queda de 6,5% no total de endividados do Estado, passando de 62% em julho para 58% em agosto. O número de consumidores com dívidas ou contas em atraso também registrou queda, de 18% para 16%, e os que não terão condições de pagar as dívidas, também é menor, caindo de 8% para 5% em agosto.
Segundo o presidente da Fecomércio, Bruno Breithaupt, o percentual de catarinenses endividados tem reduzido significativamente desde maio. Os números levantados na PEIC mostram a queda no índice de 74% em maio, quando apresentou elevação no comparativo com o mês de abril (62%), para 58% em agosto. Também apresentou queda o percentual de famílias endividadas que recebem até 10 salários mínimos, passando de 64% em julho para 61% em agosto. As famílias com mais de 10 salários mantiveram o índice em 46%.
Nível de Endividamento do Consumidor - Quanto ao nível de endividamento, 41,2% dos consumidores entrevistados declararam não ter a renda comprometida com dívidas, enquanto 8,5% consideram alto o nível de endividamento da família, 16% declararam estar mais ou menos endividado e 33,3% pouco endividado.
Tipos de dívida - O cartão de crédito (50,3%), os carnês (42,5%) e o financiamento de carro (26%) são os principais tipos de dívida. Nas famílias com até 10 salários mínimos, é maior o endividamento com o cartão de crédito (50%) e com os carnês (42,5%); enquanto as famílias com mais de 10 salários têm dívidas com cartão de crédito (52,1%) e financiamento de carro (52,1%).
Fonte: FECOMÉRCIO