Fonte: FECOMÉRCIO
A taxa de desemprego registrada em março no Brasil foi de 6,2%. O valor é maior do que o registrado em fevereiro (5,7%), mas inferior ao mesmo período do ano passado, quando alcançou 6,5%. Assim, a taxa de desemprego de março deste ano é a menor dos últimos 10 anos para os meses de março. Os dados foram divulgados pelo IBGE.
Quanto às remunerações, o rendimento médio real habitualmente recebido ficou em R$ 1.728,40, também o valor mais alto para o mês de fevereiro da série histórica, representando uma alta de 1,6% sobre fevereiro e de 5,6% se comparado a março do ano passado. Este crescimento das remunerações fez com que a massa de rendimentos dos trabalhadores ocupados da economia brasileira chegasse a R$ 39,4 bilhões, crescimento de 2% em relação a fevereiro e de 6,2% frente a março de 2011.
Para a Fecomércio, é importante observar que mesmo com a desaceleração da oferta de trabalho nos últimos meses, o crescimento do mercado de trabalho se manteve. E é esta redução da taxa de desocupação o que vem garantindo a força do mercado interno brasileiro, elemento fundamental na sustentação de uma situação favorável do país, mesmo em meio a uma conjuntura internacional instável.
Por outro lado, esta constante queda da taxa de desemprego faz com que a carência de mão-de-obra qualificada torne-se cada vez mais problemática. Na avaliação da Fecomércio, investimentos em educação e qualificação da força de trabalho são fundamentais para evitar dificuldades financeiras nas empresas e o descontrole da inflação. No mesmo sentido, os aumentos salariais devem ser proporcionais aos ganhos de produtividade dos trabalhadores, e não superiores, causando descontrole como já é possível observar em alguns setores da economia brasileira.