Parada da Diversidade - Comércio de Florianópolis teve alta de 7,22%
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina esteve presente na 7ª edição da Parada da Diversidade, em Florianópolis, no último domingo (9). Os pesquisadores da Fecomércio SC também ouviram empresários do comércio local nos dois dias seguintes ao evento (10 e 11). No total foram entrevistados 419 turistas e 149 estabelecimentos comerciais. Segundo informações divulgadas na imprensa, a Polícia Militar apurou que a festa reuniu cerca de 50 mil pessoas.
Perfil do Turista
O levantamento da Fecomércio SC revela que os participantes da 7ª Parada da Diversidade são na maioria jovens. As idades entre 18 e 25 anos representam 49,2% do público. De 26 a 35 anos, somam 29,4%. É significativo também os que têm entre 36 e 45 anos (12,2%).
A renda familiar comprova que os entrevistados são em sua maior parte de classe média. Com salários entre R$ 1.126,00 e R$ 4.854,00, eles representam 62,5%. Os que recebem menos, entre R$ 705,00 e R$ 1.126,00 são 13,8%. E os que têm renda maior, de R$ 4.854,00 a R$ 6.329,00 são 18,8%. A ocupação mais citada nas entrevistas foi ‘assalariada' (44,4%). Mas também é expressivo o número de turistas estudantes (22,4%) e de autônomos (14,3%).
Os locais de origem são, em grande parte, cidades catarinenses. Mais da metade dos participantes (59,3%) são turistas de Santa Catarina. Outros 18,9% vieram do Paraná. Ainda 7,2% viajaram do Rio Grande do Sul até Florianópolis, e mais 6,7% têm residência em São Paulo. Turistas do exterior representaram 1,4%.
Dentre as principais cidades de origem dos visitantes, a Pesquisa Fecomércio verificou que Curitiba (PR) aparece em primeiro lugar, seguida pelos municípios catarinenses de Joinville, Balneário Camboriú e Itajaí. Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Tubarão, Criciúma, Blumenau e Brusque vêm na sequência. E em menor proporção registrou-se presenças de Camboriú, Toledo (PR), Rio de Janeiro (RJ), Chapecó e Londrina (PR).
Para chegar a Florianópolis, a maioria dos visitantes optou por usar carro próprio (55,1%). Outros 19,1% utilizaram ônibus. E 12,4% preferiram as excursões de vans e microonibus. Ainda 9,1% escolheram viajar de avião.
Para tomar conhecimento do evento, a maior parte dos visitantes buscou a internet (47,5%). Outros 38,7% souberam através de parentes ou amigos. E 5,5% assistiram a propagandas na TV.
A 7ª edição da Parada da Diversidade de Florianópolis ganhou novos visitantes, já que 60,3% vieram pela primeira vez ao evento, demonstrando uma importante rotatividade de turistas. Também é significativo os 18,4% que afirmaram estar participando pela segunda vez e os 3,6% que participaram de todas as edições realizadas até o momento. A assiduidade dos frequentadores e o contentamento com a edição de 2012 podem ser confirmados com a afirmação de 95% dos entrevistados, que disseram que voltarão em 2013.
Impacto econômico
Grande parte dos turistas (34,8%) respondeu que não pretendia pernoitar em Florianópolis. Mas, em comparação com o ano passado, o resultado foi 5% maior, dado que a Fecomércio SC atribui ao feriado prolongado que envolveu o evento neste ano.
Dentre aqueles que passaram mais de um dia na capital, muitos pretendiam ficar na casa de parentes ou amigos (29,4%), ou em hotéis (20,5%) e pousadas (6,2%). Ainda 1,7% optaram pelo aluguel de casas. Para estes, a média de dias de permanência em Florianópolis foi de 5,2 dias.
A média de gastos observada pelos turistas foi de R$ 121,04 por dia. Transporte e hospedagem foram os setores que mais tiveram investimentos: R$ 165,50 e R$ 120,18, respectivamente. Em festas, os gastos ficaram na média de R$ 114,06. Em alimentação, o valor chegou a R$ 106,24. E no comércio as compras alcançaram R$ 99,19.
Na percepção dos empresários entrevistados, tanto do comércio de rua, quanto de shopping centers, o ticket médio chegou aos R$ 177,87. O valor pode ser considerado pequeno, devido ao período de tempo de permanência (5,2 dias) e quando comparado ao gasto médio verificado pelo empresário na Parada de Diversidade de 2011, que havia sido de R$ 205,67.
Nos setores do comércio, quem percebeu valores mais altos nas vendas foram os empresários do ramo do vestuário (R$ 235,52). Hotéis e pousadas verificaram gasto médio de R$ 218,15 por cliente. Fantasias e acessórios tiveram vendas de R$ 214,67. Calçados e bolsas chegaram ao ticket médio de R$ 202,86. Enquanto restaurantes, lanchonetes e cafés, tiveram venda média de R$ 41,11 por cliente. E bares, boates e danceterias, registraram vendas individuais de, em média, R$ 38,33.
A forma de pagamento mais utilizada pelos turistas no comércio de Florianópolis durante o evento foi o cartão de crédito, tanto na opção pelo pagamento à vista (50,7%) quanto para pagamentos parcelados (16,4%). Outros 14,4% preferiram quitar as compras em dinheiro. E 12,3% escolheram a modalidade à vista no cartão de débito.
Com relação ao movimento de consumidores nas lojas, os empresários o avaliaram como ‘bom' em 43,8% dos casos e como ‘médio' em 36,3%. Para 9,6% dos entrevistados a circulação de consumidores foi excelente. E apenas 10,3% dos lojistas consideraram a movimentação ‘ruim'.
Ofaturamento das empresários registrou alta de 7,22% em relação ao mesmo período de 2011. E crescimento de 6,75% em relação aos meses comuns de 2012.
Com relação aos fatores de influência no aumento do movimento, a maioria dos empresários julgou ser em virtude do feriado prolongado (74%). Enquanto 10% atribuíram especificamente à 7ª Parada da Diversidade e 16% não souberam identificar o que teve maior influência.
Avaliação do turista
Coube aos turistas que visitaram Florianópolis no feriado de 7 de setembro, responder à Pesquisa Fecomércio SC avaliando vários aspectos da cidade que poderiam impactar diretamente ou indiretamente o evento.
Quanto à hospedagem, a maioria (54%) não soube responder já que não usou os serviços de pernoite na cidade. Para os que ficaram mais tempo na capital, a hospedagem foi vista de maneira ‘boa' por 23% dos entrevistados e ‘excelente' por 21% deles.
O transporte público e táxis também parecem não terem sido utilizados pela grande maioria que não respondeu em 68% e 70% dos casos, respectivamente. Dos que avaliaram o transporte público, 16% o acharam bom, 6% o julgaram de qualidade média, 5% o avaliaram ruim, e 3% o classificaram como excelente. Táxis tiveram desempenho um pouco melhor: 16% o perceberam como bom, 6% o viram de forma excelente e 4% acharam a opção de transporte mediana. Apenas 1% a julgou ruim.
Comércio, restaurantes e pontos turísticos tiveram respostas mais assíduas, demonstrando que os visitantes circularam pela cidade no feriadão que esteve relacionado ao evento. Os restaurantes foram bem avaliados pela grande maioria (82%). Outros 37% os acharam excelentes, 35% os julgaram bons e 10% perceberam os estabelecimentos de qualidade média. Já o comércio teve avaliações positivas por 65% entrevistados, que o consideraram bom (37%), excelente (21%) e médio (7%) na maioria das vezes. A infraestrutura dos pontos turísticos também agradou. Excelente para 35% dos turistas. Boa para 34%. E média para 12% dos visitantes.
Por fim, o evento também foi avaliado pelos seus participantes. Aqui, a aprovação da foi ampla: 54% acharam o evento excelente e 29% o consideraram bom. Este percentual, unido ao dado que demonstra o desejo de 95% dos participantes que pretendem retornar nas próximas edições, demonstra o sucesso da 7ª edição da Parada da Diversidade de Florianópolis
Fonte: Fecomércio